O tempo, esse inimigo
Da paciência, me veio
Outro dia, ao pé do ouvido,
Contar coisas que eu não sabia
Me contou historias
Dos homens e suas manias
De como passava rápido as noites
E como gostava de demorar os dias
Soprou-me um pouco de vida
Dizendo que eu ia precisar
Me mandou quebrar o relógio
E parar de me preocupar
Me explicou sua relatividade
E porque isso nos foge a compreensão
Se desculpou pelas mortes e
Pelas saudades pediu perdão
Foi embora e eu
Nem sequer percebi
Enquanto o tempo ficou
O quanto eu envelheci.
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
O Mundo Não Sabe
O mundo não sabe
Nada do mundo
Da dor do profundo,
Da ilusão que lhe cabe
No mundo não vale
O pranto nem o riso
Nem mesmo o amor
Conciso, não vale
E antes que o mundo acabe
Ressurgirei do profundo
Das memórias de um mundo
Que morreu e nem sabe
Nada do mundo
Da dor do profundo,
Da ilusão que lhe cabe
No mundo não vale
O pranto nem o riso
Nem mesmo o amor
Conciso, não vale
E antes que o mundo acabe
Ressurgirei do profundo
Das memórias de um mundo
Que morreu e nem sabe
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Acho Tão Estranho
Acho tão estranho
Te olhar nos olhos
E enxergar o que queria
Há algum tempo atrás
Me desacostumei
A querer um amor
Todo tempo que passou
Me fez achar que tanto faz
Não ligo mais
A vida me endureceu
A vontade passou, morreu
Meu barco se atracou ao cais.
Te olhar nos olhos
E enxergar o que queria
Há algum tempo atrás
Me desacostumei
A querer um amor
Todo tempo que passou
Me fez achar que tanto faz
Não ligo mais
A vida me endureceu
A vontade passou, morreu
Meu barco se atracou ao cais.
Espero
Espero
Ausente
Reflito
Bocejo
Escrevo
Apago
Disfarço
Não vejo
Percebo
É tarde
Apresso
Meu passo
Não faço
Não penso
Não temo
Cansaço
Como é
Que podia
Na noite
Ou de dia
Viver
Não vivia
Sonhar
Não sonhava
E quando
Acordava
Era eu
E morria
Ausente
Reflito
Bocejo
Escrevo
Apago
Disfarço
Não vejo
Percebo
É tarde
Apresso
Meu passo
Não faço
Não penso
Não temo
Cansaço
Como é
Que podia
Na noite
Ou de dia
Viver
Não vivia
Sonhar
Não sonhava
E quando
Acordava
Era eu
E morria
sábado, 30 de outubro de 2010
Outra Vez
Outra vez
O coração despedaçado
Meu peito sofrendo calado
Toda essa insensatez
Toda vida
Revirando essa revolta
Abro a janela e fecho a porta
Pra não ver você passar
Nossa historia
Se acabou no esquecimento
Minha cantiga voou com o vento
Não sei mais oque cantar
Não tenho pressa
A esperança foi embora
Estou sozinho e por agora
É assim que vou ficar
O coração despedaçado
Meu peito sofrendo calado
Toda essa insensatez
Toda vida
Revirando essa revolta
Abro a janela e fecho a porta
Pra não ver você passar
Nossa historia
Se acabou no esquecimento
Minha cantiga voou com o vento
Não sei mais oque cantar
Não tenho pressa
A esperança foi embora
Estou sozinho e por agora
É assim que vou ficar
domingo, 17 de outubro de 2010
Memórias De Infância
Sinto falta
Daquele regato
Do cheiro do mato
Da lenha e fogão
Sinto falta
Da simplicidade
Daquela vontade
Daquela paixão
Das aves cantando
Do vento levando
A poeira, as folhas
E minha imaginação
Sinto falta
Da fruta no pé
Do sonho e da fé
Na minha oração
Sinto falta
Da paz que sentia
Quando a chuva caia
No pé de limão
Sinto falta
E só resta a lembrança
Da minha infância
Em meu coração
(não gosto de rimas em ÃO, mas ele saiu assim...paciência...)
Daquele regato
Do cheiro do mato
Da lenha e fogão
Sinto falta
Da simplicidade
Daquela vontade
Daquela paixão
Das aves cantando
Do vento levando
A poeira, as folhas
E minha imaginação
Sinto falta
Da fruta no pé
Do sonho e da fé
Na minha oração
Sinto falta
Da paz que sentia
Quando a chuva caia
No pé de limão
Sinto falta
E só resta a lembrança
Da minha infância
Em meu coração
(não gosto de rimas em ÃO, mas ele saiu assim...paciência...)
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Vivo Pensando
Vivo pensando parado
Esperando calado
Pelo que nem eu sei
Vivo falando sozinho
Na mão levo o espinho
Da rosa que despetalei
Entre sonhos e verdades
Meu pensamento organiza
Uma armadilha a cada esquina
Mas a cada suspiro que dou
Meu coração que já amou
Hoje se nega a sua sina
Esperando calado
Pelo que nem eu sei
Vivo falando sozinho
Na mão levo o espinho
Da rosa que despetalei
Entre sonhos e verdades
Meu pensamento organiza
Uma armadilha a cada esquina
Mas a cada suspiro que dou
Meu coração que já amou
Hoje se nega a sua sina
Aquela Moça
(Dedicado a moça linda que encontrei no metrô, a qual não tive coragem de conhecer)
Pensei
Em perguntar seu nome
Deixei
Pra lá o seu telefone
Outra vez
Quem sabe eu te encontre
Num proximo mês
Num proximo ano
Talvez
A gente se veja denovo
O acaso pedindo socorro
Na porta do trem
Metrô Madalena
Pra nunca mais
Eu morava no Brás
Ela em Saquarema
Pensei
Em perguntar seu nome
Deixei
Pra lá o seu telefone
Outra vez
Quem sabe eu te encontre
Num proximo mês
Num proximo ano
Talvez
A gente se veja denovo
O acaso pedindo socorro
Na porta do trem
Metrô Madalena
Pra nunca mais
Eu morava no Brás
Ela em Saquarema
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Zé Ninguém
Corre, apressa,
Aperta o passo
Em seu cansaço
A dor se cessa
Não tem memória
Não lembra aonde
O sonho esconde
A sua historia
Já foi melhor
Já teve nome
Hoje tem fome,
Cansaço e dor
Aperta o passo
Em seu cansaço
A dor se cessa
Não tem memória
Não lembra aonde
O sonho esconde
A sua historia
Já foi melhor
Já teve nome
Hoje tem fome,
Cansaço e dor
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Perdido
Vi seus olhos
Brilharem na floresta
E para lá corri
Levei bússola e um mapa
Mas foi tudo inútil
Nunca mais me achei
Brilharem na floresta
E para lá corri
Levei bússola e um mapa
Mas foi tudo inútil
Nunca mais me achei
Ósculos e Amplexos
No sabor de teus ósculos
No calor de teus amplexos
Me vi sempre perdido
me vi sempre submerso
Tentei fugir
Tracei planos complexos
Fiz tudo o que pude
Sem resultado, sem sucesso
Por isso estou assim
E ajoelhado eu te peço
Afaste-se de mim
Com teus ósculos e amplexos
Não queria assim
Não devia ser assim
Paixões são passageiras
Não passam de ilusões
A você me rendi
Como um peixe fui fisgado
Mas você tinha que ter lançado
Teus ósculos, amplexos e arpões
No calor de teus amplexos
Me vi sempre perdido
me vi sempre submerso
Tentei fugir
Tracei planos complexos
Fiz tudo o que pude
Sem resultado, sem sucesso
Por isso estou assim
E ajoelhado eu te peço
Afaste-se de mim
Com teus ósculos e amplexos
Não queria assim
Não devia ser assim
Paixões são passageiras
Não passam de ilusões
A você me rendi
Como um peixe fui fisgado
Mas você tinha que ter lançado
Teus ósculos, amplexos e arpões
domingo, 25 de julho de 2010
A Dor Me Fez Poeta
A dor me fez poeta
Porque se dói escrevo
Se escrevo passa
E se passa esqueço
Tudo que escrevo
Do fim ao começo
E o Meio, em verso
E prosa, da dor esqueço
E se a dor some,
A alegria talvez
Que dure um mês
Já muda de nome
Se desgasta, descolore
E vira dor outra vez
Porque se dói escrevo
Se escrevo passa
E se passa esqueço
Tudo que escrevo
Do fim ao começo
E o Meio, em verso
E prosa, da dor esqueço
E se a dor some,
A alegria talvez
Que dure um mês
Já muda de nome
Se desgasta, descolore
E vira dor outra vez
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Escolha
Voa folha,
O vento leva longe
E com ela o pensamento
Sigo sempre a sonhar
Um sonho em pó
Também levado pelo vento
Voam lembranças
Minhas canções
Voam amores, paixões e dores
Voam ilusões
Você surgiu agora
E pode escolher se quer ficar
Ou pode ser folha de amor
Pó de lembrança e dor
E com o vento também voar.
O vento leva longe
E com ela o pensamento
Sigo sempre a sonhar
Um sonho em pó
Também levado pelo vento
Voam lembranças
Minhas canções
Voam amores, paixões e dores
Voam ilusões
Você surgiu agora
E pode escolher se quer ficar
Ou pode ser folha de amor
Pó de lembrança e dor
E com o vento também voar.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Caminho Sempre Só
Caminho sempre só
Sempre sem direção
Sem destino algum
Sem nenhuma razão
Vou caminhando apenas
Tentando esquecer
Os mesmos problemas
Que eu finjo não ter
Ponho a culpa no destino
Para me aliviar as costas
Desse peso tão imenso
Que as vezes até penso
Que vinha acumulando
Desde meus tempos de menino
Sempre sem direção
Sem destino algum
Sem nenhuma razão
Vou caminhando apenas
Tentando esquecer
Os mesmos problemas
Que eu finjo não ter
Ponho a culpa no destino
Para me aliviar as costas
Desse peso tão imenso
Que as vezes até penso
Que vinha acumulando
Desde meus tempos de menino
sábado, 12 de junho de 2010
Em Santos
Parecia
Em cada esquina
Que eu iria
Te encontrar
Em cada canto
Uma saudade
E uma vontade
De ficar
Só pra ver
Se te achava
N´alguma nuvem
A passar
Mas percebi
Que estou sozinho
Em meu caminho
Em meu vagar
Pela praia
Que inda guarda
Tua pegada
Teu olhar
Grito
Te chamando
Num delirio
Me responde o mar
Em cada esquina
Que eu iria
Te encontrar
Em cada canto
Uma saudade
E uma vontade
De ficar
Só pra ver
Se te achava
N´alguma nuvem
A passar
Mas percebi
Que estou sozinho
Em meu caminho
Em meu vagar
Pela praia
Que inda guarda
Tua pegada
Teu olhar
Grito
Te chamando
Num delirio
Me responde o mar
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Só um desabafo...
Hoje senti denovo
Aquele vazio que não passa
Ando vagando e indagando a vida
Ando rindo sem achar graça
Mas meu vazio tem
O seu sentido proprio de ser
Contra minha obsoleta vontade
De ficar bem, de esquecer
Corre a vida e nem vejo
Sequer um desejo meu
Se concretizando como eu quis
Me entristeço e me lembro
De você, meu pai, que tudo fez
Pra que eu sempre fosse feliz
Aquele vazio que não passa
Ando vagando e indagando a vida
Ando rindo sem achar graça
Mas meu vazio tem
O seu sentido proprio de ser
Contra minha obsoleta vontade
De ficar bem, de esquecer
Corre a vida e nem vejo
Sequer um desejo meu
Se concretizando como eu quis
Me entristeço e me lembro
De você, meu pai, que tudo fez
Pra que eu sempre fosse feliz
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Augusto dos Anjos
Contrastes
A antítese do novo e do obsoleto,
O amor e paz, o odio e a carnificina,
O que o homem ama e o que o homem abomina
Tudo convém para o homem ser completo
O ângulo obtuso, pois, e o ângulo reto,
Uma feição humana e outra divina
São como a eximenina e a endimenina
Que servem ambas para o mesmo feto!
Eu sei tudo isto mais do que o Eclesiastes
Por justaposição destes contrastes,
Junta-se um hemisfério a outro hemisfério
Às alegrias juntam-se às tristezas,
E o carpinteiro que fabrica as mesas
Faz também os caixões do cemiterio
Augusto dos Anjos
A antítese do novo e do obsoleto,
O amor e paz, o odio e a carnificina,
O que o homem ama e o que o homem abomina
Tudo convém para o homem ser completo
O ângulo obtuso, pois, e o ângulo reto,
Uma feição humana e outra divina
São como a eximenina e a endimenina
Que servem ambas para o mesmo feto!
Eu sei tudo isto mais do que o Eclesiastes
Por justaposição destes contrastes,
Junta-se um hemisfério a outro hemisfério
Às alegrias juntam-se às tristezas,
E o carpinteiro que fabrica as mesas
Faz também os caixões do cemiterio
Augusto dos Anjos
Para Alberto Caeiro
Tenho pensado muito
No sentido das coisas
Pois há muita coisa que
Pra mim perdeu o sentido
Tenho usado olhos, nariz,
Boca e ouvidos para sentir
Que pouca coisa me ecoa, me apetece,
Me cheira bem e me agrada
Tenho pensado aflito
No tudo e no nada
E a metafisica não explica
Nem metade do que sou
Sei que existo, quando não duvido
Mas duvidar já me prova
A existência de algum modo
E porque existo é que penso
No sentido das coisas
Pois há muita coisa que
Pra mim perdeu o sentido
Tenho usado olhos, nariz,
Boca e ouvidos para sentir
Que pouca coisa me ecoa, me apetece,
Me cheira bem e me agrada
Tenho pensado aflito
No tudo e no nada
E a metafisica não explica
Nem metade do que sou
Sei que existo, quando não duvido
Mas duvidar já me prova
A existência de algum modo
E porque existo é que penso
Noticia
Cheguei até a pensar
Que ia ser comigo
Não achei que um dia
Sequer seria seu amigo
A vida passa e eu
Me sinto as vezes um velho
Tão chato, tão serio
Que ninguém me aturaría
E tive noticias tuas
Que confesso, não esperava
Ficar triste e confuso
Não por esperança nem nada
Só entristeci e isso basta
Aquela noticia que alí me desagradava
Mostrou minha decepção de estar
Mais velho do que eu imaginava
Que ia ser comigo
Não achei que um dia
Sequer seria seu amigo
A vida passa e eu
Me sinto as vezes um velho
Tão chato, tão serio
Que ninguém me aturaría
E tive noticias tuas
Que confesso, não esperava
Ficar triste e confuso
Não por esperança nem nada
Só entristeci e isso basta
Aquela noticia que alí me desagradava
Mostrou minha decepção de estar
Mais velho do que eu imaginava
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Deixei o Tempo
Deixei o tempo
Fazer de mim um velho
Com dores no joelho
Sem vontade de correr
Entrevado, pensativo,
Me distancio de mim mesmo
Fuga inutil, volto pior
Ao velho ponto de partida
Rio da vida, e ela
Me ri devolta como quem
Retruca uma resposta
Há de vir, um dia
A morte me levar a dor
Dessa ferida pelo tempo exposta
Fazer de mim um velho
Com dores no joelho
Sem vontade de correr
Entrevado, pensativo,
Me distancio de mim mesmo
Fuga inutil, volto pior
Ao velho ponto de partida
Rio da vida, e ela
Me ri devolta como quem
Retruca uma resposta
Há de vir, um dia
A morte me levar a dor
Dessa ferida pelo tempo exposta
terça-feira, 6 de abril de 2010
Levo em Meu Peito
Levo em meu peito
Amores findados
Dores de minhas perdas
Saudades de minha infância
Levo em meu peito
Um nó de minha idade
Intrincado e imaturo
Gritando por responsabilidade
Poderia aliviar meu peito
Talvez me suicidando
Mas isso também seria
Imaturo demais
Vão passar os anos
E vou colecionar amores,
Perdas, saudades,
Imaturidades e desenganos
Levo em meu peito
Amores findados
Dores de minhas perdas
Saudades de minha infância
Levo em meu peito
Um nó de minha idade
Intrincado e imaturo
Gritando por responsabilidade
Poderia aliviar meu peito
Talvez me suicidando
Mas isso também seria
Imaturo demais
Vão passar os anos
E vou colecionar amores,
Perdas, saudades,
Imaturidades e desenganos
Mudanças
O gosto amargo da cerveja
Minha tão antiga companhia
Desce me pela garganta
Agora com sabor diferente
Ah, tudo mudou tanto
Aquele encanto que outrora via
Em muita coisa, sumiu
Feito poeira de estrada deserta
Eu, agora desfeito
Frente a brusca mudança
O Espelho virou meu inimigo
A cerveja, outrora minha companhia
Infalível nos dias de solidão
causa tristes lembranças, talvez por castigo
O gosto amargo da cerveja
Minha tão antiga companhia
Desce me pela garganta
Agora com sabor diferente
Ah, tudo mudou tanto
Aquele encanto que outrora via
Em muita coisa, sumiu
Feito poeira de estrada deserta
Eu, agora desfeito
Frente a brusca mudança
O Espelho virou meu inimigo
A cerveja, outrora minha companhia
Infalível nos dias de solidão
causa tristes lembranças, talvez por castigo
quinta-feira, 25 de março de 2010
Pai
Quanta tristeza senti
Em sua súbita partida
Quanta falta me faz
Seus conselhos, sua alegria
Trago hoje em mim
Uma maturidade forçada
Inda um pouco de tristeza
E uma saudade infinda.
Em sua súbita partida
Quanta falta me faz
Seus conselhos, sua alegria
Trago hoje em mim
Uma maturidade forçada
Inda um pouco de tristeza
E uma saudade infinda.
terça-feira, 16 de março de 2010
Adeus.
Como é triste a partida de um ente querido, ainda mais quando se vai derrepente...
Papai jogava futebol quando parou para descansar e seu coração parou.
Dói demais no peito, principalmente ao ver a mãe, outrora tão guerreira, se acabando em tristeza e depressão.
Não consigo me conformar por enquanto, mas acho que compreendi melhor umas coisas da vida.
A gente se estressa por coisas tão bobas e infimas do dia a dia e só quando acontece algo do genero é que a gente se lembra do quanto nossas rasões são estupidas na maioria das vezes...com quantas coisas futeis nos preocupamos.
Adeus, papai...vou pra sempre me recordar de todos os teus ensinamentos...olha por mim sempre.
Papai jogava futebol quando parou para descansar e seu coração parou.
Dói demais no peito, principalmente ao ver a mãe, outrora tão guerreira, se acabando em tristeza e depressão.
Não consigo me conformar por enquanto, mas acho que compreendi melhor umas coisas da vida.
A gente se estressa por coisas tão bobas e infimas do dia a dia e só quando acontece algo do genero é que a gente se lembra do quanto nossas rasões são estupidas na maioria das vezes...com quantas coisas futeis nos preocupamos.
Adeus, papai...vou pra sempre me recordar de todos os teus ensinamentos...olha por mim sempre.
terça-feira, 9 de março de 2010
Onda Aflita
Leva...
Traz...
Leva...
Traz...
Parece até
Que brinca
Sadicamente
Com a gente
A vida que
Não nos deixa
Ter paz
Numa eterna
Onda aflita de
Leva...
Traz...
Leva...
Traz...
Traz...
Leva...
Traz...
Parece até
Que brinca
Sadicamente
Com a gente
A vida que
Não nos deixa
Ter paz
Numa eterna
Onda aflita de
Leva...
Traz...
Leva...
Traz...
sexta-feira, 5 de março de 2010
Bom Dia Tristeza (Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes)
Bom dia tristeza
Que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você
Se chegue tristeza
Se sente comigo
Aqui nesta mesa de bar
Beba do meu copo
De-me o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar.
Que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você
Se chegue tristeza
Se sente comigo
Aqui nesta mesa de bar
Beba do meu copo
De-me o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Insonia
Grande coisa...Sei que você já vai embora.
Quer tomar um chá??
Você tem me visitado com mais frequencia por esses dias e por causa de você eu tenho produzido mais.
Deixo a quem por acaso leia, um soneto que escrevi a alguns anos atrás.
Bem-Te-Ví
Bem te ví e mais ninguém
Bater asas e sumir
Cortar as nuvens e cair
Na imensidão do azul do céu
Bem te ví indo além
Pra bem mais longe então de mim
Voando só, voando assim
Voando baixo por demais
Tirou rasante do meu coração
Eu tive medo de me sentir só
Quase que perco de vez a razão
Minha cabeça voou com você
Eu bem te via querendo voltar
Mas seu destino dizia que não
Quer tomar um chá??
Você tem me visitado com mais frequencia por esses dias e por causa de você eu tenho produzido mais.
Deixo a quem por acaso leia, um soneto que escrevi a alguns anos atrás.
Bem-Te-Ví
Bem te ví e mais ninguém
Bater asas e sumir
Cortar as nuvens e cair
Na imensidão do azul do céu
Bem te ví indo além
Pra bem mais longe então de mim
Voando só, voando assim
Voando baixo por demais
Tirou rasante do meu coração
Eu tive medo de me sentir só
Quase que perco de vez a razão
Minha cabeça voou com você
Eu bem te via querendo voltar
Mas seu destino dizia que não
terça-feira, 2 de março de 2010
segunda-feira, 1 de março de 2010
Deixo mais uma poesia que escrevi com saudades da minha infancia...tempos de despreocupação.
Ao Meu Eu Menino
Puxei pela memória
E vi um tempo
No triste intuito
De me esquecer de hoje
Eu brincava,
Me divertia.
Eu me esquecia,
E me lembrava
Somente o eu
Que ali estava
Era quem de mim
Sabia, e nem desconfiava
Que eu cresceria
Em desencantos
E daquele eu
Em prantos me esqueceria.
Bruno Vieira
Ao Meu Eu Menino
Puxei pela memória
E vi um tempo
No triste intuito
De me esquecer de hoje
Eu brincava,
Me divertia.
Eu me esquecia,
E me lembrava
Somente o eu
Que ali estava
Era quem de mim
Sabia, e nem desconfiava
Que eu cresceria
Em desencantos
E daquele eu
Em prantos me esqueceria.
Bruno Vieira
Devagar e Sempre
Estou aprendendo devagar a ter um Blog, assim como aprendo devagar a estar sozinho, e tantas outras coisas que esse meu período de vida tem me trazido de novidade.
Como dizem que tudo tem o lado positivo, espero pelas minhas melhoras(sei que só eu sou responsável por isso).
Nesse mundo somos todos sozinhos, a partir do momento em que nascemos(talvez seja por isso que choramos) e isso ainda esta entrando na minha cabeça...devagar e sempre.
Posto um texto meu que escrevi olhando um menino de rua e pensando com a cabeça de quem foi assaltado três vezes em um ano.
Cria de Rua
Passa por meus olhos
O seu vulto molambo
Senta-se na via suja
Pedindo esmola, sentindo fome e frio
Passa por tantos olhos
E ninguém nota sua presença
Mas ele esta lá, e mais do que todos
Consciente e não alienado
O mundo anda alienado
E passando por ele
Que vê mais do que todos
Lho faz sorrir
Ele entende a crueldade
Da não atenção recebida
Da comida que lhe foi negada
E então ele chora
Em meio a seu pranto
Vê muita gente também
Chorando as injustiças da vida
E então se revolta
Ele rouba, vandaliza
Vira o mundo, cheira cola
E num assalto a mão armada
Ele é pego e preso
Quando sai um belo dia
Seus olhos já não são mais os mesmos
E a criança da lugar ao bandido
Que seria assassinado três meses depois.
Bruno Vieira
Como dizem que tudo tem o lado positivo, espero pelas minhas melhoras(sei que só eu sou responsável por isso).
Nesse mundo somos todos sozinhos, a partir do momento em que nascemos(talvez seja por isso que choramos) e isso ainda esta entrando na minha cabeça...devagar e sempre.
Posto um texto meu que escrevi olhando um menino de rua e pensando com a cabeça de quem foi assaltado três vezes em um ano.
Cria de Rua
Passa por meus olhos
O seu vulto molambo
Senta-se na via suja
Pedindo esmola, sentindo fome e frio
Passa por tantos olhos
E ninguém nota sua presença
Mas ele esta lá, e mais do que todos
Consciente e não alienado
O mundo anda alienado
E passando por ele
Que vê mais do que todos
Lho faz sorrir
Ele entende a crueldade
Da não atenção recebida
Da comida que lhe foi negada
E então ele chora
Em meio a seu pranto
Vê muita gente também
Chorando as injustiças da vida
E então se revolta
Ele rouba, vandaliza
Vira o mundo, cheira cola
E num assalto a mão armada
Ele é pego e preso
Quando sai um belo dia
Seus olhos já não são mais os mesmos
E a criança da lugar ao bandido
Que seria assassinado três meses depois.
Bruno Vieira
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Ola, caro visitante.
Crio este Blog na tentativa de extinguir alguns sentimentos que tem me abatido nesses últimos dias.
Postarei aqui algumas poesias de pessoas que admiro e algumas que eu escrevo.
Começarei com um pequeno Drummond.
A INGAIA CIÊNCIA
A madureza, essa terrível prenda
que alguém nos dá, raptando-nos, com ela,
todo sabor gratuito de oferenda
sob a glacialidade de uma estela,
a madureza vê, posto que a venda
interrompa a surpresa da janela
o círculo vazio, onde se estenda,
e que o mundo converte numa cela.
A madureza sabe o preço exato
dos amores, dos ócios, dos quebrantos,
e nada pode contra sua ciência
e nem contra sí mesma.O agudo olfato,
o agudo olhar, a mão, livre de encantos.
se destroem no sonho da existência.
Carlos Drummond de Andrade
Crio este Blog na tentativa de extinguir alguns sentimentos que tem me abatido nesses últimos dias.
Postarei aqui algumas poesias de pessoas que admiro e algumas que eu escrevo.
Começarei com um pequeno Drummond.
A INGAIA CIÊNCIA
A madureza, essa terrível prenda
que alguém nos dá, raptando-nos, com ela,
todo sabor gratuito de oferenda
sob a glacialidade de uma estela,
a madureza vê, posto que a venda
interrompa a surpresa da janela
o círculo vazio, onde se estenda,
e que o mundo converte numa cela.
A madureza sabe o preço exato
dos amores, dos ócios, dos quebrantos,
e nada pode contra sua ciência
e nem contra sí mesma.O agudo olfato,
o agudo olhar, a mão, livre de encantos.
se destroem no sonho da existência.
Carlos Drummond de Andrade
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