quinta-feira, 25 de março de 2010

Pai

Quanta tristeza senti
Em sua súbita partida
Quanta falta me faz
Seus conselhos, sua alegria

Trago hoje em mim
Uma maturidade forçada
Inda um pouco de tristeza
E uma saudade infinda.

terça-feira, 16 de março de 2010

Adeus.

Como é triste a partida de um ente querido, ainda mais quando se vai derrepente...
Papai jogava futebol quando parou para descansar e seu coração parou.
Dói demais no peito, principalmente ao ver a mãe, outrora tão guerreira, se acabando em tristeza e depressão.
Não consigo me conformar por enquanto, mas acho que compreendi melhor umas coisas da vida.
A gente se estressa por coisas tão bobas e infimas do dia a dia e só quando acontece algo do genero é que a gente se lembra do quanto nossas rasões são estupidas na maioria das vezes...com quantas coisas futeis nos preocupamos.

Adeus, papai...vou pra sempre me recordar de todos os teus ensinamentos...olha por mim sempre.

terça-feira, 9 de março de 2010

Onda Aflita

Leva...
Traz...
Leva...
Traz...
Parece até
Que brinca
Sadicamente
Com a gente
A vida que
Não nos deixa
Ter paz
Numa eterna
Onda aflita de
Leva...
Traz...
Leva...
Traz...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Bom Dia Tristeza (Adoniran Barbosa e Vinicius de Moraes)

Bom dia tristeza
Que tarde tristeza
Você veio hoje me ver
Já estava ficando
Até meio triste
De estar tanto tempo
Longe de você

Se chegue tristeza
Se sente comigo
Aqui nesta mesa de bar
Beba do meu copo
De-me o seu ombro
Que é para eu chorar
Chorar de tristeza
Tristeza de amar.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Insonia

Grande coisa...Sei que você já vai embora.
Quer tomar um chá??
Você tem me visitado com mais frequencia por esses dias e por causa de você eu tenho produzido mais.
Deixo a quem por acaso leia, um soneto que escrevi a alguns anos atrás.


Bem-Te-Ví

Bem te ví e mais ninguém
Bater asas e sumir
Cortar as nuvens e cair
Na imensidão do azul do céu

Bem te ví indo além
Pra bem mais longe então de mim
Voando só, voando assim
Voando baixo por demais

Tirou rasante do meu coração
Eu tive medo de me sentir só
Quase que perco de vez a razão

Minha cabeça voou com você
Eu bem te via querendo voltar
Mas seu destino dizia que não

terça-feira, 2 de março de 2010

A Mão do Vento

Sinto o vento noturno
Acariciar me o rosto
Feito mão de mãe
Que consola seu filho

Como se num ato de amor
Puro e santificado
Pudesse a mãe natureza
Compadecer se de minha humana tristeza

Bruno Vieira

segunda-feira, 1 de março de 2010

Deixo mais uma poesia que escrevi com saudades da minha infancia...tempos de despreocupação.

Ao Meu Eu Menino

Puxei pela memória
E vi um tempo
No triste intuito
De me esquecer de hoje

Eu brincava,
Me divertia.
Eu me esquecia,
E me lembrava

Somente o eu
Que ali estava
Era quem de mim
Sabia, e nem desconfiava

Que eu cresceria
Em desencantos
E daquele eu
Em prantos me esqueceria.

Bruno Vieira

Devagar e Sempre

Estou aprendendo devagar a ter um Blog, assim como aprendo devagar a estar sozinho, e tantas outras coisas que esse meu período de vida tem me trazido de novidade.
Como dizem que tudo tem o lado positivo, espero pelas minhas melhoras(sei que só eu sou responsável por isso).
Nesse mundo somos todos sozinhos, a partir do momento em que nascemos(talvez seja por isso que choramos) e isso ainda esta entrando na minha cabeça...devagar e sempre.
Posto um texto meu que escrevi olhando um menino de rua e pensando com a cabeça de quem foi assaltado três vezes em um ano.

Cria de Rua

Passa por meus olhos
O seu vulto molambo
Senta-se na via suja
Pedindo esmola, sentindo fome e frio

Passa por tantos olhos
E ninguém nota sua presença
Mas ele esta lá, e mais do que todos
Consciente e não alienado

O mundo anda alienado
E passando por ele
Que vê mais do que todos
Lho faz sorrir

Ele entende a crueldade
Da não atenção recebida
Da comida que lhe foi negada
E então ele chora

Em meio a seu pranto
Vê muita gente também
Chorando as injustiças da vida
E então se revolta

Ele rouba, vandaliza
Vira o mundo, cheira cola
E num assalto a mão armada
Ele é pego e preso

Quando sai um belo dia
Seus olhos já não são mais os mesmos
E a criança da lugar ao bandido
Que seria assassinado três meses depois.

Bruno Vieira