sexta-feira, 30 de abril de 2010

Para Alberto Caeiro

Tenho pensado muito
No sentido das coisas
Pois há muita coisa que
Pra mim perdeu o sentido

Tenho usado olhos, nariz,
Boca e ouvidos para sentir
Que pouca coisa me ecoa, me apetece,
Me cheira bem e me agrada

Tenho pensado aflito
No tudo e no nada
E a metafisica não explica
Nem metade do que sou

Sei que existo, quando não duvido
Mas duvidar já me prova
A existência de algum modo
E porque existo é que penso

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