segunda-feira, 1 de março de 2010

Devagar e Sempre

Estou aprendendo devagar a ter um Blog, assim como aprendo devagar a estar sozinho, e tantas outras coisas que esse meu período de vida tem me trazido de novidade.
Como dizem que tudo tem o lado positivo, espero pelas minhas melhoras(sei que só eu sou responsável por isso).
Nesse mundo somos todos sozinhos, a partir do momento em que nascemos(talvez seja por isso que choramos) e isso ainda esta entrando na minha cabeça...devagar e sempre.
Posto um texto meu que escrevi olhando um menino de rua e pensando com a cabeça de quem foi assaltado três vezes em um ano.

Cria de Rua

Passa por meus olhos
O seu vulto molambo
Senta-se na via suja
Pedindo esmola, sentindo fome e frio

Passa por tantos olhos
E ninguém nota sua presença
Mas ele esta lá, e mais do que todos
Consciente e não alienado

O mundo anda alienado
E passando por ele
Que vê mais do que todos
Lho faz sorrir

Ele entende a crueldade
Da não atenção recebida
Da comida que lhe foi negada
E então ele chora

Em meio a seu pranto
Vê muita gente também
Chorando as injustiças da vida
E então se revolta

Ele rouba, vandaliza
Vira o mundo, cheira cola
E num assalto a mão armada
Ele é pego e preso

Quando sai um belo dia
Seus olhos já não são mais os mesmos
E a criança da lugar ao bandido
Que seria assassinado três meses depois.

Bruno Vieira

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